O presente presente
Oh vida, sempre aqui presente!
O passado te quer dormente
Aflige a ti como a primeira prole de titãs
Tal qual Cronos que teme os filhos
E os come um a um com sopa quente
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É assim que te sentes?
Enfia as lembranças más num saco
Amarra-o e aperta bem o nó
Atira-o no pântano, queima-o
Torna-o fuligem, carvão, pó!
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Faça o que teu coração manda
Só não deixes o passado e sua semente
Como ramo daninho tornar-se planta
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Lembre-se de que a cada dia,
Numa eterna aliança
Recebes o presente,
Não o passado ausente
Aquele tu carregas na lembrança.
…
Luciano Aparecido Marques.