Queridos leitores, muitos de vocês podem não saber, mas hoje, dia 6 de fevereiro, é o Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina. Esse problema é clássico e advém de eras remotas. Há relatos inclusive em livros antigos, como a própria Bíblia Sagrada, que narra casos em que homens e mulheres eram forçados a se tornar eunucos por questões sociais.
“A mutilação genital feminina (MGF) é uma prática que envolve a alteração ou lesão da genitália feminina por razões não médicas e é reconhecida internacionalmente como uma violação dos direitos humanos.”
https://unric.org/pt/dia-internacional-da-tolerancia-zero-a-mutilacao-genital-feminina/
Em nosso país há um outro problema que choca a todos, o feminicídio. Até quando iremos conviver com essa barbárie? Penso que há de se fazer novas leis e punições para tais casos. Há vários fatores que levam um homem a assassinar uma mulher e dentre esses eu destaco: ciúmes, uso de drogas e álcool e doenças psicológicas.
O ciúmes não é apenas um problema patológico, mas também social, uma vez que todo o pathos construído sobre a figura feminina é distorcido em filmes, novelas e no discurso do dia-a-dia. Quando um jovem começa a namorar uma garota, em geral ele já trás em si uma bagagem cultural distorcida sobre figura feminina.
Por fim, a mulher não é posse de ninguém, o homem não deve dominá-la, mas conquistar o seu respeito e se este não lhe for correspondido não se resolve o problema matando a parceira.
Quanto ao uso de entorpecentes, dos quais destaco o álcool por ser de mais fácil consumo, eles possuem um efeito que potencializa o feminicídio. Sabemos que as mulheres também sofrem por amar esses homens obsessivos, mas, às vezes, a única saída é libertar-se deles.

Estorvo moribundo.
Ela entrou por um lado e viu com tristeza
Os copos jogados, as latas de cerveja…
Ele entrou pelo outro e viu com clareza
A felicidade que tal festa enseja.
…
Um sabia que teria de arrumar a casa
E depois acompanhar o outro ao hospital
Aquele, por outro lado encheria a cara
Depois trataria de seu estado mental
…
E para tal,
Beberia mais e mais devagarinho,
Morreria mais rápido também
…
E com tolice sem igual
Aquela que o trata com carinho
Puxaria para junto de si ao além.
…
A ela, conselho melhor não se daria
Que aquele da bandeira de Minas
“Libertas quae sera tamem”
…
Luciano Aparecido Marques