O processo de ensino e aprendizagem se dá a partir da troca de informações entre professor e aluno, de modo que este último não é um indivíduo nulo, sem conhecimento ou experiência, pelo contrário, é por meio da riqueza de informações que os alunos trazem para a sala de aula juntamente com o saber técnico do professor, que o conhecimento se faz na sala de aula.
Na prática pedagógica não devemos trabalhar apenas o conteúdo da aula, é importante priorizar também o “saber fazer” e o “saber conviver” a partir da prática socializada. Por meio da troca de experiências, os alunos são capazes de compreender um assunto compartilhando experiências prévias ou descobrindo novos conhecimentos.
Uma situação interessante que costuma ocorrer em aulas nas quais as dimensões atitudinal e procedimental são trabalhadas, é o desafio de se trabalhar em grupos. Alguns professores costumam não agrupar os alunos com o receio de que a aula se torne incontrolável do ponto de vista disciplinar. Isso pode até se concretizar em alguns casos, porém, o professor precisa tentar.
Ao agrupar os alunos, a situação mais problemática é administrar os conflitos, por isso o saber conviver deve se fazer presente nas aulas. Para que uma atividade em grupo se concretize de forma qualitativa, o professor precisará planejar e avaliar a sua aula, pois nem sempre a mesma atividade é um sucesso em turmas diferentes.
Se a atividade em grupo fracassa, isso não deve ser o fim do mundo, pelo contrário, é importante utilizar o fracasso como mola propulsora para alavancar o interesse do aluno. O professor não deve assumir uma postura punitiva quando o aluno não compreende um assunto ou não produz o resultado almejado.
Portanto, mestre, tenha em mente que além da dimensão conceitual, é fundamental trabalhar as dimensões atitudinais e procedimentais com os alunos para que a turma se torne sua aliada.
Luciano Aparecido Marques.