It is absolutely nonsense eliminate those who are not part of the same group. Ideologically, most people who agree with the same ideas are not exactly accurate in their actions, I mean, they are hypocrite.
When it comes to genre, the attackers forget they may have someone in the family or even themselves who are homosexual.
The point is that anger is not the best way to deal with the different. By the way, anger is not a parameter to anything. In a Christian Society, we must remember that Jesus teaches us to love our brothers and respects each other.
We wish we could have more peace in the world, but are we promoting that? When we see news as the attack on Club B in Colorado, it is impossible not to get disappointed with a group of radicals who believe they are the owners of the truth. There must be laws which garantee the right of the citizens concerning their sexual choices and these laws must be respected.
To make a long story short, as a Christian and hetero I do not accept those attacks against my brothers in Colorado. I will pray a Rosary for them and their families.
No ano de 2003 eu me deparei pela primeira vez com o termo saussuriano da “arbitrariedade do signo”. Para mim foi estranhíssimo entender o que esse conceito significava em sua totalidade, e a princípio eu o entendi como qualquer marinheiro de primeira viagem o faria: o signo linguístico e a realidade física não tem relação entre si.
Pois bem, essa primeira conclusão simplista levou-me a crer que Saussure não havia proposto nada além do óbvio e, mesmo após a leitura do Curso de Linguística Geral o termo não se clarificou, no entanto, anos mais tarde, ao ler um artigo do linguista Rodolfo Ilari, as minhas impressões começaram a se modificar.
O conteúdo linguístico não possui relação com a forma, e mais do que isso, a própria estruturação do mundo por meio da linguagem não se dá da mesma maneira, de modo que um conceito cuja origem possui um embrião cultural próprio, não terá a mesma carga semântica em outro idioma.
[…cada língua organiza seus signos através de uma complexa rede de relações que não será reencontrada em nenhuma outra língua.] Ilari.
Postas essas primeiras elucubrações veremos alguns trechos de um conto metafísico belíssimo de Jorge Luís Borges que ilustra bem o conceito saussuriano. Trata-se do conto “Tlön, uqpar orbis tertius” que se encontra na coleção do autor intitulada “Ficções”. O texto possui desde o início um tom metafísico e a principio autobiográfico, porém, ao lê-lo constatamos que o narrador mistura a ficção à uma certa realidade que se descortina em forma de relato.
Em dado momento, o narrador e seu amigo procuram por uma enciclopédia britânica que possui uma citação que fora dita por um deles, mas que é descreditada pelo outro. A suposta citação faz menção a um povo lendário, mas que segundo um dos amigos que teria lido a tal enciclopédia, o fato seria verídico. Após certas idas e vindas em busca da tal enciclopédia, o narrador consegue uma cópia que não apenas trás a citação que gerara a busca, mas também encontra certos fatos narrativos acerca dos povos dessa tal terra mística. Em dado momento o narrador trás o seguinte relato:
“Não há substantivos na conjectural Urprache de Tlön, da qual procedem os idiomas atuais e os dialetos: há verbos impessoais, qualificados por sufixos (ou prefixos) monossilábicos de valor adverbial. Por exemplo: não há palavra que corresponda à palavra lua, mas há um verbo que seria em espanhol lunecer ou lunar. ‘Surgiu a lua sobre o rio’ se diz ‘hlör u fang axaxaxas mlö’, ou seja, na ordem: ‘para cima (upward) atrás duradouro-fluir lunesceu’.”
Observem que para não falar uma determinada frase, cujo paradigma sintagmático seria: sujeito – verbo – predicado, a lógica do sistema indo-europeu se fragmenta. Não obstante a falta de lógica estrutural, a própria “imago mundi” se perde, uma vez que na conjectura Uprache, como o próprio narrador ilustra em outra parte “o mundo para eles não é um concurso de objetos no espaço; é uma série de atos independentes.
Em outro trecho do conto, o narrador nos apresenta um exemplo de outro idioma falado em uma região denominada “hemisfério boreal”:
[…] a célula primordial não é o verbo, mas o adjetivo monossilábico. O substantivo é formado pelo acúmulo de adjetivos. Não se diz lua: diz-se ‘aéreo-claro sobre redondo escuro’ ou ‘alaranjado-tênue-do-céu’ ou qualquer outra composição.
Observemos que neste segundo caso o falante de tal idioma teria como “imago mundi” os adjetivos de modo primordial, enquanto que o falante do primeiro exemplo a teria enquanto verbo. Para o primeiro grupo, as qualidades seriam os fenômenos preponderantes da realidade, ao passo que para o segundo seria a ação.
Por fim, essa pequena análise sugere que a formação linguístico-cultural de cada língua possui o seu próprio mecanismo de analisar a realidade, de modo que a linguagem expande mas também limita a visão de mundo do ser humano.
Luciano Aparecido Marques
BENTES, Anna Christina, MUSSALIM, Fernanda, organizadoras. Introdução à linguística. Fundamentos epistemológicos. 5. ed. – São Paulo: Cortez, 2011.
BORGES, Jorge Luis. Ficções. São Paulo. 2007. Companhia das Letras.
Publicado em 1977 e escrito pelo polonês Jan Dobraczynski, o livro “A Sombra do Pai” apresenta a vida do glorioso São José segundo a sua própria perspectiva. A obra é ímpar por apresentar nuances da vida da Sagrada Família que não estão apresentadas na Bíblia, mas que obviamente aconteceram.
De todos os aspectos impressionantes narrados no livro, o que mais se destaca é a relação entre São José, Nossa Senhora e Jesus. A narrativa está separada em duas partes, sendo a primeira chamada de “A Esposa” e a segunda de “O Filho. Na primeira parte o narrador onisciente apresenta a vida de São José e Nossa Senhora antes do nascimento de Jesus. Essa narrativa tem como perspectiva a visão de São José sobre os fatos narrados. Já na segunda parte, a história se desdobra do nascimento de Jesus até os seus doze anos de idade, período em que ele “se perde” no templo em Jerusalém.
A obra relata cenas que possivelmente fizeram parte da vida da Sagrada Família, como as dificuldades pelas quais passaram na fuga de Belém para o Egito:
[…] De novo puseram-se a caminho. Iam de vagar, mas sem parar. Jesus continuava dormindo. José sentia seu rostinho (de Jesus) quente contra a face e as mãozinhas enlaçadas em seu pescoço. A noite chegava ao fim. Apagavam-se as estrelas. O espaço se enchia de uma bruma acinzentada e úmida. Lá atrás deles, por trás da colina despontava o dia. Mas sua claridade ainda demoraria muito a mostrar-se no barranco que desciam. […]
Outro aspecto valoroso na obra é o acervo de informações históricas que tornam o relato bíblico mais compreensível, como por exemplo informações sobre personagens históricos, cujos nomes são citados na Bíblia, mas não são esmiuçados nas Sagradas Escrituras. Um relato impressionante para elucidar essa questão são as tramas, fofocas e traições na casa de Herodes e a descrição de uma mente psicopata capaz de cometer assassinatos em massa devido ao excesso de loucura causado por desconfianças infundadas:
” _ Basta! Já chega de conversa! Eu te digo, meus irmãos não gostam de mim, embora eu os tenha feito reis. Os judeus não gostam de mim, ainda que eu me tenha feito judeu para eles. Não levo à boca nenhum pedaço de carne de porco. Eu me acomodo a seus loucos costumes. Não permiti que os moedeiros pusessem minha efígie nas moedas. Construí um templo para eles. Minha esposa era uma princesa deles. Eu sou realmente rei dos judeus. Um rei verdadeiro, como jamais tiveram um.”
Por fim cabe salientar a citação do cardeal primaz da Polônia Stefan Wyszynki ao autor no início do livro:
Querido Jan,
Em “A Sombra do Pai” trouxeste à luz o guardião de Jesus e de sua Mãe Imaculada… Ajudaste-nos a entender São José…
Queridos leitores, muitos de vocês podem não saber, mas hoje, dia 6 de fevereiro, é o Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina. Esse problema é clássico e advém de eras remotas. Há relatos inclusive em livros antigos, como a própria Bíblia Sagrada, que narra casos em que homens e mulheres eram forçados a se tornar eunucos por questões sociais.
“A mutilação genital feminina (MGF) é uma prática que envolve a alteração ou lesão da genitália feminina por razões não médicas e é reconhecida internacionalmente como uma violação dos direitos humanos.”
Em nosso país há um outro problema que choca a todos, o feminicídio. Até quando iremos conviver com essa barbárie? Penso que há de se fazer novas leis e punições para tais casos. Há vários fatores que levam um homem a assassinar uma mulher e dentre esses eu destaco: ciúmes, uso de drogas e álcool e doenças psicológicas.
O ciúmes não é apenas um problema patológico, mas também social, uma vez que todo o pathos construído sobre a figura feminina é distorcido em filmes, novelas e no discurso do dia-a-dia. Quando um jovem começa a namorar uma garota, em geral ele já trás em si uma bagagem cultural distorcida sobre figura feminina.
Por fim, a mulher não é posse de ninguém, o homem não deve dominá-la, mas conquistar o seu respeito e se este não lhe for correspondido não se resolve o problema matando a parceira.
Quanto ao uso de entorpecentes, dos quais destaco o álcool por ser de mais fácil consumo, eles possuem um efeito que potencializa o feminicídio. Sabemos que as mulheres também sofrem por amar esses homens obsessivos, mas, às vezes, a única saída é libertar-se deles.